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Liturgia diária › 12/03/2020

Liturgia Diária 12/03/2020 – 2ª Semana da Quaresma – Quinta-feira

Salmo Responsorial (Sl 1)

Salmo Responsorial (Sl 1)

— É feliz quem a Deus se confia!

— É feliz quem a Deus se confia!

— Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

— Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

— Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersa pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

Evangelho

Evangelho (Lc 16,19-31)

 

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos fariseus: 19“Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias.

20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.

22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas’.

25Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’.

27O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. 29Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem!’

30O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. 31Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”’.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Homilia

“E, além disso, há grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’” (Lucas 16,26).

O Evangelho de hoje nos mostra o grande drama vivido entre o rico (que se vestia com roupas finas, elegantes e passava os seus dias aqui, na Terra, fazendo festas esplêndidas) e o pobre Lázaro (que vivia nas portas das casas e queria as sobras que caiam das mesas para matar a sua fome).

Havia um grande abismo que separava o pobre e o rico com a sua opulência. O pobre cheirando à miséria humana, ao descaso e ao descarte feito com a criatura humana; e o rico “respirando” os gastos excessivos e tudo aquilo que representa uma vida repleta de avarezas, bens e prazeres materiais.

O retrato do rico da época é o retrato de muitas riquezas do mundo em que vivemos e das extremas pobrezas que experimentamos ao nosso lado. Vamos em qualquer grande cidade, metrópole e logo vemos as grandes casas, vidas luxuosas e, a poucas distâncias, estão os bolsões de misérias, pessoas que estão jogadas nas ruas, passando fome, necessidades e muitas pessoas sendo descartadas.

Não podemos negar a realidade dos profundos abismos sociais que há no mundo em que vivemos, isso doí no coração de Deus e deve doer no coração de cada um de nós. Jamais nos conformemos com as desigualdades e jamais as entendamos como vontade de Deus.

É agora que temos de trabalhar para cuidar dos mais pobres e necessitados

Quando morre o rico e também o pobre, o rico vai para o abismo, para o sofrimento eterno; e o pobre vai para o consolo divino, vai para o seio de Abraão, vai feliz para a eternidade junto de Deus.

Vemos o rico clamando e pedindo socorro; e a resposta de Abraão é que há um profundo abismo que separa a realidade eterna daquele rico do destino eterno do pobre que está junto de Deus. Porque, na outra vida, não há como inverter as situações; a hora de inverter as situações ou tornar a situação mais justa é aqui e agora, no mundo em que estamos.

É agora que temos de trabalhar para superar as desigualdades; é agora que temos de trabalhar para cuidar dos mais pobres, dos mais sofridos e necessitados. É agora que precisamos abrir os nossos olhos e não nos conformamos em dizer: “Eu fui abençoado por Deus. É Deus quem me deu prosperidade. É Deus quem me deu tudo o que tenho”.

Que bom que você se empenhou e trabalhou; mas que bom que o senso da compaixão, da justiça e do amor evangélico está em nós! Então, a maior riqueza que podemos possuir é o senso de compaixão para com os mais necessitados e sofridos.

Jamais se conforme, jamais diga que é vontade de Deus; e jamais ignore os Lázaros do nosso tempo. São muitos, eles estão nas portas de nossas casas, à frente de nossas ruas, em nossas favelas e comunidades. Não ignoremos os pobres para não sermos ignorados por Deus na eternidade.

Deus abençoe você!

Fonte: Homilia Canção Nova https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/cuidemos-dos-pobres-e-necessitados-de-nossa-sociedade/?sDia=12&sMes=03&sAno=2020