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Liturgia diária › 03/07/2020

Liturgia Diária 03/07/2020 – 13ª Semana do Tempo Comum | Sexta-feira

Salmo Responsorial (Sl 116)

Salmo Responsorial (Sl 116)

— Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

— Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

— Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos festejai-o!

— Pois comprovado é seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!

Evangelho

Evangelho (Jo 20,24-29)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. 

— Glória a vós, Senhor.

24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”.

26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Homilia

“Tomé respondeu: ‘Meu Senhor e meu Deus!’ Jesus lhe disse: ‘Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!’” (João 20,28-29).

Hoje, temos a graça de celebrarmos o apóstolo São Tomé. Alguns o denominam “apóstolo da incredulidade”, mas não é não. Ele é o apóstolo da sinceridade.

Todos nós temos incredulidades na alma e no coração, apenas não reconhecemos a nossa incredulidade, escondemos tantas coisas que somos incrédulos em crer, ou então é a falta de fé e confiança que temos no Senhor e na Sua Palavra.

Reconhecemos que Tomé foi incrédulo à primeira vista e, com muita sinceridade, expressou: “Olha, se eu não vir, se não tocar, não vou crer que Ele realmente ressuscitou”. Tomé, viveu, comeu, bebeu e andou na companhia de Jesus. Ele ouviu as palavras do Senhor, os ensinamentos, testemunhou tudo que Jesus realizou, mas não acreditou.

A incredulidade move o coração dos homens em todos os tempos; a incredulidade toma conta também do nosso coração, muitas vezes, fruto da decepção conosco, com a vida, com o mundo, com a Igreja e com a nossa própria relação com Deus.  

A decepção é consequência da frustração, quando geramos expectativas nas coisas e elas não acontecem do jeito que quereríamos ou do modo que esperávamos que acontecesse. Não é que o fato seja frustrante, é a expectativa que colocamos no fato, nas pessoas e nos acontecimentos que nos frustram.

Vivemos, muitas vezes, uma fé infantil, imatura, ingênua, e por isso patinamos nas decepções

Coloco as expectativas, fruto da imaginação, naquilo que quero, que espero e não daquilo que, de fato, as coisas são. Imagino a imagem que Tomé formou de Jesus, como muitos apóstolos: um super-herói, um imbatível, alguém que jamais vai passar por uma queda. Mas, de repente, ele contempla um Jesus que sofre, apanha, padece, que é rejeitado, maltratado, crucificado e morto; então, acredita que Ele ressuscitou.

A fé o decepcionou, mas não é porque a fé é decepcionante. O que é decepcionante é o modo como ele conduziu a sua fé. Do mesmo jeito, nós, muitas vezes, decepcionamo-nos na fé, porque a conduzimos para que ela nos dê o que queremos.

Muitas pessoas não podem ter decepções, porque pensam: “Deus vai me honrar”. “Deus vai me dar tudo que pedi”. “Porque Deus vai me conceder do jeito que quero as coisas”. Desculpe, mas você vai se decepcionar, se já não tem se decepcionado! Não é porque Deus decepciona, muito pelo contrário, Ele nos preenche com tudo que precisamos, mas não pense que o que precisamos é o que queremos, porque, muitas vezes, o que queremos não é aquilo que é para recebermos, e por isso nos decepcionamos.

Permitamos que, como o apóstolo Tomé, tenhamos a graça de acordar para a fé verdadeira, para a fé que é capaz de engolir o sofrimento, as dores, as decepções e amadurecer na fé. Vivemos, muitas vezes, uma fé infantil, imatura, ingênua, e por isso patinamos nas decepções, caímos e não levantamos.

É hora de amadurecermos. Aqui para nós, Tomé é o apóstolo do amadurecimento da fé, aquele que sai de uma fé infantil para uma fé autêntica, para além das decepções e esperanças humanas que vêm dos pensamentos e sentimentos vãos.

Coloquemos no Senhor o nosso coração, porque Ele jamais nos decepciona.

Deus abençoe você!

Fonte: Homilia Canção Nova https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/e-hora-de-amadurecermos-a-nossa-fe-no-senhor/?sDia=3&sMes=07&sAno=2020