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Liturgia diária › 13/08/2020

Liturgia Diária 13/08/2020 – 19ª Semana do Tempo Comum | Santa Dulce dos Pobres | Quinta-feira

Salmo Responsorial (Sl 77)

Salmo Responsorial (Sl 77)

— Das obras do Senhor não se esqueçam.

— Das obras do Senhor não se esqueçam.

— Mesmo assim, eles tentaram o Altíssimo, recusando-se a guardar os seus preceitos. Como seus pais, se transviaram, e o traíram como um arco enganador que volta atrás.

— Irritaram-no com seus lugares altos, provocaram-lhe o ciúme com seus ídolos. Deus ouviu e enfureceu-se contra eles, e repeliu com violência a Israel.

— Entregou a sua arca ao cativeiro, e às mãos do inimigo a sua glória; fez perecer seu povo eleito pela espada, e contra a sua herança enfureceu-se.

Evangelho

Evangelho (Mt 18,21—19,1)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus. 

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18,21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.

25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.

29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’

34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Homilia

“‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18,21-22).

Quando ouvimos a exortação de Jesus a respeito do perdão, talvez a cabeça pare na aritmética, na conta matemática que é feita: “70×7”. Aqui é um engano, é importante se deter ao perdão, que precisa ser perene e sempre na nossa vida. Não é mérito, se o irmão merece ou não o meu perdão. Aqui é uma questão que eu mereço ter saúde. Mereço ter uma mente sarada, curada e renovada.

O que as pessoas mais precisam, necessitam e pedem para nós, geralmente, é para rezarmos pela sua saúde. Tenho insistido em dizer que a saúde começa na cabeça, começa dentro de nós, a saúde é, acima de tudo, mental e emocional. Ninguém tem saúde plena na mente e no coração, se não vive a dimensão do perdão.

Jesus, na verdade, está dando uma receita de cura, porque as pessoas querem a cura, mas não querem tomar o remédio. O remédio para a nossa cura está aqui. Para ter uma mente equilibrada, livre dos tormentos, das fantasias e das ilusões é preciso viver a dimensão do perdão.

Aquela história de viver remoendo dentro de mim o que o outro disse e como ele agiu, aquilo vira um verdadeiro tormento mental. Parto desse tormento inicial para começar a alimentar um ódio e uma vingança mental. Talvez, eu não seja capaz de ir lá e fazer o que gostaria com ele, mas a mente vai trabalhando e desejando, e é duro isso.

O perdão tem de ser sempre. Não é que eu tenha que dizer todas as vezes: “Irmão, te perdoo”. Esse perdão tem de acontecer dentro de nós. Lidar com o outro, o que evoca em mim rancor, ressentimento, mágoa e ódio, é a sinalização de que não vivi a dimensão do perdão.

Para ter uma mente equilibrada, livre dos tormentos, das fantasias e das ilusões é preciso viver a dimensão do perdão

“Padre, não é fácil perdoar. Eu até quero, mas não consigo”. Até creio que sozinhos não conseguimos, mas se cremos que para Deus nada é impossível, nada é impossível, então, não é impossível perdoar, precisamos querer e orar.

A oração sozinha também não faz, se do fundo do nosso coração, não é o que queremos. Eu falo assim: “Eu perdoo”, mas no fundo desejo o mal para a pessoa. Eu não perdoei, eu alimentei um desejo, mas não trabalhei para que isso fosse efetivado dentro de mim.

Sofremos muitos males, enfermidades e passamos por muitas debilidades na vida, porque não trabalhamos dentro do nosso interior, a dimensão profunda do perdão. Perdoamos quando queremos, a quem queremos e do jeito que queremos, mas a cabeça e o coração não entendem assim. A cabeça vai guardando, fantasiando, alimentando e enfraquecendo as nossas forças interiores, porque não mergulhamos no perdão que cura e renova.

Se queremos ser curados, a receita do Mestre é essa: perdoar setenta vezes sete.

Deus abençoe você!

Fonte: Homilia Canção Nova https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/vivamos-a-dimensao-profunda-do-perdao/?sDia=13&sMes=08&sAno=2020