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Liturgia diária › 14/03/2020

Liturgia Diária 14/03/2020 – 2ª Semana da Quaresma – Sábado

Salmo Responsorial (Sl 102,1-12)

Salmo Responsorial (Sl 102,1-12)

— O Senhor é indulgente e favorável.

— O Senhor é indulgente e favorável.

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!

— Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda sua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão;

— Não fica sempre repetindo as suas queixas, nem guarda eternamente o seu rancor. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.

— Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.

Evangelho

Evangelho (Lc 15,1-3.11-32)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.

3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11“Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.

14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queira matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome’. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.

22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.

25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.

28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.

31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Homilia

“Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’” (Lucas 15,18).

Hoje, temos a graça de mergulharmos no mistério da misericórdia de Deus. A parábola que a nos é contada nos ajuda a mergulhar no sentido dessa bondade de Deus para cada um de nós. O retrato que aqui vemos é aquele que precisamos aprender para a nossa própria vida.

Costumo dizer que essa é a parábola dos pródigos que nos são apresentados nessa linda e incomparável história trazida a nós pelo Mestre Jesus. O filho é o primeiro pródigo, não é o maior, mas é o primeiro; porque é ele que pede para si os seus bens e vai esbanjar no mundo, ele vai gastar no mundo. É o filho que pega tudo o que tem e vai viver as mais profundas misérias. Ele cai nas profundezas do pecado, na miséria humana, ele é humilhado, descartado e chega mais do que ao fundo do poço, depois que experimenta aquilo que é o descaso humano com a pessoa humana; depois de ter feito tudo o que podia com os seus bens.

Que Deus nos converta de todo mal que produzimos nessa vida, para sermos abraçados pelo Seu amor misericordioso

Com tudo o que ele gastou, veio um profundo arrependimento; e ele esbanjou a sua miséria, a sua contrição; esbanjou o quanto o seu coração estava ferido, machucado e arrependido. Ele implorou ao pai o perdão e a misericórdia, ele não voltou para a casa rogado e nem colocando a culpa nos outros, ele reconheceu a sua culpa, reconheceu que ele errou, que esbanjou; foi humildemente se humilhar e pedir perdão pelos seus pecados.

Às vezes, erramos e pecamos na vida, mas ainda queremos ficar orgulhosos, queremos culpar os outros, não temos a capacidade de reconhecer os nossos próprios erros. E quando ele assim o faz, ele encontra um pai pródigo, um pai que está ali para esbanjar amor, misericórdia, acolhimento, ternura, um pai que vai despi-lo das suas vestes velhas, das suas vestes do mundo, das suas vestes de pecador para revesti-lo com a graça.

Um pai que não nega perdão, amor, cuidado, mas é um pai que redobra-se para dar mais amor, cuidado, carinho, acolhimento e tudo que pode o pai faz para reconstruir o seu filho machucado, quase morto e agora reencontrado para que ele tenha vida.

O pai que esbanja amor, se depara com o filho mais velho que esbanja orgulho e soberba. O filho mais velho que vai esbanjar diante do pai toda a sua insensibilidade. Ele não saiu para gastar no mundo, mas ficou em casa se enchendo do veneno do orgulho e se colocando acima do irmão. Ele não se encheu das virtudes do pai, a misericórdia e o perdão, mas deixou-se levar pelo ciúmes e pela inveja.

Que Deus nos converta de todo mal que produzimos nessa vida, seja do orgulho e dos pecados, para sermos abraçados pelo Seu amor misericordioso.

Deus abençoe você!

Fonte: Homilia Canção Nova https://homilia.cancaonova.com/pb/homilia/deus-esbanja-o-seu-amor-sobre-nos/?sDia=14&sMes=03&sAno=2020